terça-feira, 28 de setembro de 2010

Margarida Gama de Oliveira - Autora Concelhia


Naquele vale

a casa onde nasci.
A casa onde senti
que havia sol
mãe
um mar de pão
um pai
a dor

leite e amor
água e mel
e uma caneta preta para escrever a vida …




Da cidade do campo dos sorrisos” livro de poemas da autora concelhia, Margarida Oliveira, e que foi apresentado na Feira do Livro-2010 de Penela, no passado dia 25 de Setembro, pelo poeta José do Carmo Francisco.
1ª edição pela Corpos Editora.

Margarida Gama de Oliveira, nasceu a 18 de Janeiro de 1935, na Quinta do Vale do Espinhal, Concelho de Penela. Fez os estudos secundários em Coimbra, no colégio Alexandre Herculano. Frequentou a Universidade de Coimbra, Faculdade de Letras, Curso de Filologia Romântica, vindo a licenciar-se na Faculdade de Letras da Universidade Clássica de Lisboa, onde concluiu também o curso de Ciências Pedagógicas. Mais tarde foi estagiária na Escola Francisco Arruda. Trabalhou durante trinta e seis anos no Ensino, desde o Liceu Salvador Correia, em Luanda, Angola, quer dando aulas, quer exercendo vários cargos, como o de Metodóloga de Português, em Oeiras, na Escola EB 2+3 de Miraflores e na Escola da Achada, na cidade da Praia, ilha de Santiago, arquipélago de Cabo Verde.
Publicou “Malhada Velha – um lugar na Serra no Concelho de Penela – Estudo Etnográfico, Linguístico e Folclórico”, “A Serração da Velha” – Separata da Revista Lusitana, “Histórias Tradicionais da República de Cabo Verde", "A varanda das Dez Janelas” – Conto, “ Paralelismos” – Poemas. Faz parte de algumas Antologias e tem colaborado em Jornais e Revistas.

2 comentários:

GUIDA disse...

Um comentário em forma de poema

No papel de lustro
recortavam-se meninas
relvas, bichos e flores
e tantas coisas mais...

E as cores confundiam-se
nos castelos encantados
de mil brancas de neve.

Tantas coisas belas,
que é delas
que é delas?

Fugidas
cansadas
quebradas
rasgadas
perdidas
ai delas...
ai delas...

Margarida Gama de Oliveira

«PARALELISMOS»
Carcavelos-SOLXXI-1996

Selma Amaral disse...

Quem, Margarida,
Te conhece,
Não esquece,
De ti,
nem da poesia...